Hanseníase



Hansaníase






História

Desde que a escrita existe, tem-se registro de como a lepra representou uma ameaça, e os leprosos foram isolados da sociedade. No Egipto antigo, há referências à lepra com mais de 3000 anos em hieróglifos (de 1350 AC). A Bíblia contém passagens fazendo referência à lepra, sem que se possa saber se se trata da doença:
A lepra foi durante muito tempo incurável e muito mutiladora, forçando o isolamento dos pacientes em leprosários, principalmente na Europa na Idade Média, onde eram obrigados a carregar sinos para anunciar a sua presença. A lepra deu nessa altura origem a medidas de segregação, algumas vezes hereditárias, como no caso dos Cagots no sudoeste da França.
No Brasil existiram leis para que os portadores de hanseníase fossem "capturados" e obrigados a viver em leprosários a exemplo do Hospital do Pirapitingui (Hospital Dr. Francisco Ribeiro Arantes). A lei "compulsória" foi revogada em 1962, porém o retorno dos pacientes ao seu convívio social era extremamente dificultoso em razão da pobreza e isolamento social e familiar a que eles estavam submetidos.








A hanseníase é uma doença infecciosa de evolução prolongada causada pelo bacilo denominado Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, descoberto em 1873 pelo cientista norueguês Gerhard Armauer Hansesn, morfologicamente muito semelhante ao bacilo causador da tuberculose. Como não se transmite com facilidade, não são registradas grandes epidemias. A hanseníase chegou ao Brasil na época do descorimento, espalhou-se e permanece até hoje, sendo considerada um dos mais sérios problemas da saúde pública no país. Ocupamos o 1º lugar da América Latina, com um número estimado de doentes entre 250 e 500 mil casos, que nos coloca também em 4º lugar do mundo em número de doentes. Há no mundo todo mais de dez milhões de pessoas com hanseníase. Relativamente pouco contagiante, a forma de contágio mais comum é
o Homem, e animais que se têm notícia de serem suscetíveis à lepra são algumas espécies de macacos, coelhos, ratos e o tatu. Este último pode servir de reservatório e há casos comprovados no sul dos EUA de transmissão por ele. Contudo a maioria dos casos é de transmissão entre seres humanos, que é a direta (pessoa a pessoa), entre outras vias, por descargas nasais infectadas. Existe maior predisposição na infância, em condições sanitárias deficientes e de subnutrição.
A incubação, excepcionalmente longa (vários anos), explica por que a doença se desenvolve mais comumente em indivíduos adultos, apesar de que Noventa por cento (90%) da população tem resistência ao bacilo de Hansen, causador da hanseníase, e conseguem controlar a infecção.




Diagnóstico da Hanseníase




Quando você estiver em consulta com um médico ou agente de saúde, mostre as lesões. Para o diagnóstico da Hanseníase, é preciso um exame clínico cuidadoso. O profissional de saúde pode também solicitar testes complementares, todos bastante simples. Dentre eles, estão:
  • Pesquisa da sensibilidade térmica, dolorosa e tátil.
  • Prova da histamina – feita para verificar se seus nervos foram atingidos. Será pingada uma gotinha em sua pele, seguida de uma picada para punçã.
  • Prova da pilocarpina – para verificar se há alteração na inervação das glândulas sudoríparas. É uma injeção intradérmica (daquela pequenina, que alcança apenas as camadas superficiais da pele).
  • Baciloscopia – exame para detectar a presença do Bacilo de Hansen, após análise no microscópio.Biópsia da pele


Progressão e sintomas



O tempo de incubação após a infecção é longo, de 2 a 20 anos.
Um dos primeiros efeitos da hanseníase, devido ao acometimento dos nervos, é a supressão da sensação térmica, ou seja, a incapacidade de diferenciar entre o frio e o calor no local afetado. Mais tardiamente, pode evoluir para diminuição da sensação de dor no local.



Além disso existe varios tipos de hanseníase aqui iremos falar sobre duas mais conhecidas e que se dividem em 4 a palcibacilar e a multibacilar.





Palcibacilar



Existem duas formas paucibacilar que são as indeterminadas e a tuberculoide.


Hanseníase indeterminada: forma mais benigna. Geralmente, encontra-se apenas uma mancha, de cor mais clara que a pele normal, com diminuição da sensibilidade. Mais comum em crianças.

Hanseníase tuberculoide: forma também benigna e localizada, ocorre em pessoas com alta resistência ao bacilo. Caracteriza-se por poucas manchas ou apenas uma, avermelhada, levemente elevada (como uma placa) e com limites bem definidos. Há ausência de sensibilidade, dor, fraqueza e atrofia muscular.
Hanseníase Multibacelar: Neste caso o bacilo se multiplica muito, levando a um quadro mais grave. Há atrofia muscular, inchaço das pernas e surgimento de nódulos na pele. Os órgãos internos também são acometidos pela doença.
virchowiana:Nesse caso de hanseníase o individuo sem tratamento inicial fica coberto de nodulos e feridas feitas porr unhas etc...
Hanseníase dimorfa:Com essas formas de hanseníase multibacilar o individu transmite para outras pessoas o tipo dimorfa é uma das mais graves e multiladoras entre elas pois com ela o portador fica com membros atrofiados e sequelados e pode chegar até a perda dele.


Veremos agora um video encontrado na net onde um estudante fez um ótimo trabalho sobre esse assunto e com toda certeza merece ser repassado para todos que ainda nao o viram.